quarta-feira, 20 de maio de 2009

Procuro alguém...

Procuro alguém...

Não precisa ter beleza exterior...
Mas que o seu interior seja lindo...
Que me ame e que me faça o amar profundamente.

Procuro alguém...

Que me dê o seu sorriso mais bonito...
Que pra mim, sobre os abraços mais apertados...
Que seus beijos, nos meus lábios, sejam os mais molhados...

Procuro alguém...

Não precisa ser perfeito...
Para que eu tenha a chance de crescer junto.

Procuro alguém...

Que seja fiel a seus sonhos...
Que me faça sentir a sua falta...
Que me faça esquecer a vida...
Que por mim não sinta só desejo...
Mas, infinitamente amor.

Procuro Alguém...

Que me aceite do jeito que eu sou...
Que não brinque com os meus sentimentos...
Que seja digno e inteligente...
Que dê valor ao meu amor...

E quando eu te encontrar...
Minha Vida...
Vou poder gritar...
EU VIVO!!!!
Porque tenho VOCÊ!!!.

Esconde-Escondde dos Sentimentos

Contam que uma vez, se reuniram todos os sentimentos, qualidades e defeitos dos homens em um lugar da terra.

Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como
sempre tão louca, lhes propôs:

- Vamos brincar de esconde-esconde?

A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou:

Esconde-esconde? Como é isso?

- É um jogo. explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará meu lugar para continuar o jogo.

O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA.

A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou por convencer a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada. Mas nem todos quiseram participar:

A VERDADE preferiu não esconder-se. - "Para que, se no final todos me encontram?" - Pensou.

A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto e a COVARDIA preferiu não arriscar-se.

Um, dois, três, quatro... - Começou a contar a LOUCURA.

A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho. A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta. A GENEROSIDADE quase não conseguiu esconder-se, pois cada local que encontrava, lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos: Se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA. Se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ. Se era o vôo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA. Se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou escondendo-se em um raio de sol. O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cômodo, mas apenas para ele. A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris). O ESQUECIMENTO, não recordo-me onde escondeu-se, mas isso não é o mais importante. Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.998, o AMOR ainda não havia encontrado um lugar para esconder-se, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou uma rosa e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores.

- Um milhão! - terminou de contar a LOUCURA e começou a busca.

A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com DEUS, no céu, sobre zoologia. Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões. Em um descuido, encontrou a INVEJA e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO. O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas. De tanto caminhar, sentiu sede e ao aproximar-se de um lago, descobriu a BELEZA. A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois a encontrou sentada sobre uma cerca sem decidir de que lado esconder-se. E assim foi encontrando a todos: O TALENTO entre a erva fresca, a ANGÚSTIA em uma cova escura, a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava mesmo era no fundo do oceano) e até o ESQUECIMENTO, que já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde.

Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local. A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta e em cima das montanhas. Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral. Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando, no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito. Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos. A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se. Chorou, rezou, implorou, pediu e até prometeu ser seu guia.

Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na terra:

O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.